terça-feira, 16 de outubro de 2007
Notícias - FINEP destina R$ 150 mi para pequenas
Notícias - FINEP tem R$ 100 milhões para C,T&I estadual
O FINEP tem R$ 100 milhões em recursos não-reembolsáveis para fortalecer os sistemas de C,T&I estaduais. O dinheiro pode ser usado para melhorar a infra-estrutura física de pesquisa em instituições de ensino superior, ou ainda para o suporte ao desenvolvimento tecnológico de empresas por meio de incubadoras ou parques tecnológicos, entre outras finalidades que tenham caráter estruturante e estejam afinadas com o planejamento estratégico da área. Cada estado poderá apresentar uma única proposta, com valor entre R$ 2 milhões e R$ 8 milhões. No mínimo 40% dos recursos deverão ser destinados ao apoio a propostas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O prazo para envio das propostas é 5 de novembro.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
PROGRAMA DE INCUBADORAS COLETIVAS CHEGARÁ A NOVAS UNIVERSIDADES
Fome (MDS) estão avaliando projetos de 80 Instituições Públicas de
Ensino Superior que querem participar do Programa Nacional de
Incubadoras de Cooperativas Populares (Proninc). Além do MDS, a
avaliação está sendo feita por dirigentes da Caixa Econômica Federal,
Fundação Banco do Brasil, Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela
Vida (Coep) e ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde, da Ciência
e Tecnologia e da Educação - todos participantes do Comitê Gestor do
Proninc.
As universidades selecionadas terão financiamento de R$ 5,1 milhões
para seus projetos, durante dois anos. Ainda não estão estabelecidos
os valores mínimo e máximo que cada uma receberá. A avaliação para a
seleção começou no dia 1º de outubro e prossegue até esta quinta-feira
(04/10), em Brasília. O comitê gestor deve novamente se reunir no
início da próxima semana e, na quarta-feira (10), divulgar o
resultado, com os nome das universidades selecionadas e o valor de
cada projeto.
HISTÓRICO DO PRONINC – Em 1995, a Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) criou, com apoio da Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep) - órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia
- e da Fundação Banco do Brasil (FBB), a primeira incubadora
tecnológica de cooperativas populares (ITCP). O objetivo foi
desenvolver a metodologia de incubação das cooperativas populares e
difundir essa metodologia para outras universidades.
Em 1997, a Finep, o Banco do Brasil, a FBB e o Coep firmaram um
protocolo de intenções para criar o Proninc. No ano seguinte, o
programa foi efetivamente lançado e apoiou projetos da Universidade de
São Paulo (USP), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e das
universidades federais do Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Ceará e Rural
de Pernambuco.
Em junho de 2003, com a criação da Secretaria Nacional de Economia
Solidária (Senaes) dentro do Ministério do Trabalho e Emprego, e forte
apoio da Finep, MDS e demais parceiros, o Proninc foi revitalizado.
Em 2004, foram desenvolvidos 26 projetos de incubadoras, com
investimentos de R$ 7,1 milhões, dos quais, R$ 6 milhões do MDS, pasta
que já disponibilizou R$ 13,3 milhões para o Proninc, o equivalente a
66,67% de todos os recursos do programa, nos últimos três anos.
O Ministério do Desenvolvimento Social vai liberar R$ 2,4 milhões do
total de R$ 5,1 milhões previstos nesta nova seleção do Proninc. Com
os recursos, as universidades vão apoiar a formação de incubadoras de
cooperativas populares por meio do pagamento de bolsas para alunos dos
diversos cursos de graduação e de pós-graduação, principalmente nas
áreas de Administração, Marketing e Design, Psicologia e Ciências
Sociais.
A seleção do público beneficiado pela iniciativa universitária é
realizada por chamada pública de grupos que queiram formar
cooperativas. As incubadoras, administradas por estudantes e
professores universitários, fazem estudos sobre mercado de trabalho,
produção, design de produtos, legislação e, por último, a desincubação
(saída paulatina das cooperativas das incubadoras).
"O Proninc tem impacto forte junto às famílias mais
pobres", explica Alexandro Rodrigues Pinto, coordenador-geral
de Fusão de Iniciativas Inovadoras do MDS. Ele destaca que o Programa
tira a universidade do campus, proporciona uma visão social aos alunos
e proporciona suporte e assistência técnica às comunidades carentes.
Este ano, já foram contempladas pelo Proninc a Universidade de São
Paulo (USP); as federais de São Carlos, do Pará, Rio Grande e a de
Juiz de Fora (MG); e as estaduais de Londrina e de Maringá, no
Paraná. As incubadoras dessas universidades estão realizando ações nas
áreas de segurança alimentar e nutricional; apoio tecnológico à
agroindústria de pequeno porte e à agricultura familiar; planejamento,
acompanhamento e avaliação de políticas de combate à fome à miséria; e
tecnologia social aplicada à mer enda escolar; dentre outras.
Mais informações sobre o Programa Nacional de Incubadoras de
Cooperativas Populares (Proninc) no site
www.finep.gov.br/programas/ proninc.asp[4] ou pelo e-mail
http://www.ueg.br/webmail/src/compose.php?send_to=proninc%40finep.gov.br[5]
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Súsan Faria / Ismália Afonso
(61) 3433-1098 / 3433-1061
ASCOM / MDS
Eduardo de Oliveira Silva " Dudu"
Assessor de Projetos
Pró Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis
Universidade Estadual de Goiás
htpp\\:http://www.ueg.br/
Tel.: (62) 3328-1414
Cel.: (62) 9605-7361
Correio Eletrônico: eduardo.oliveira@ueg.br
domingo, 14 de outubro de 2007
Por uma Política de Formação de Incubadoras no Estado em Goiás
Rodrigo Gondim Ferreira
O movimento de incubadoras de empresas vem crescendo continuamente ao longo de mais de duas décadas no Brasil. A importância deste instrumento para o desenvolvimento do país pode ser mostrada em números: em 20051, as empresas que estavam sendo incubadas ou que já concluíram o processo de incubação faturaram cerca de R$ 1,5 bilhão, gerando aproximadamente 28.000 empregos diretos. Em Goiás, o movimento de incubadoras vem fortalecendo-se a cada ano: são cerca de cinco incubadoras atuando nas mais diferentes áreas (tecnológica, tradicional, agroindustrial) e uma de rede de inovação (Rede Goiana de Inovação) que aglutina e coordena ações em prol do movimento de incubação em Goiás.
Mas o estado de Goiás é um campo de horizontes abertos para a implementação de uma política de formação de incubadoras de empreendimentos inovadores, dos mais diferentes matizes: incubadoras tecnológicas, tradicionais, agroindustriais, culturais, cooperativas e entre outros.
A taxa de crescimento econômico de Goiás é, em média, de 3% ao ano, uma das maiores do país. Se comparadas às taxas de crescimento do Brasil com as de Goiás, podemos perceber o quanto a economia goiana cresce em ritmo sustentado e acima da média nacional, conforme nos mostra a tabela a seguir.
Goiás x Brasil: taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
ANO | GOIÁS | BRASIL |
1999 | 3,17% | 0,79% |
2000 | 5,11% | 4,36% |
2001 | 4,32% | 1,31% |
2002 | 4,90% | 1,92% |
2003 | 5,06% | 0,55% |
2004 | 3,78% | 4,94% |
Dados: Secretária de Planejamento de Goiás – 2006
Mas, qual a real importância das incubadoras de empreendimentos inovadores para o desenvolvimento sócio-econômico do estado de Goiás?
Em primeiro lugar, é valido salientar outro dado que responde em parte esta pergunta: segundo dados da ANPROTEC, na sua publicação Panorama 20042, 93% das micro e pequenas empresas obtiveram êxito em termos de sobrevida. Ao contrário, segundo dados do Sebrae Nacional3,estimam-se que 49% das micro e pequenas empresas brasileiras desaparecem antes do segundo ano de existência. Este valor se eleva para 56,4% para empresas com até três anos de existência e 59,9% para empresas com até 4 anos de existência. Ou seja, o processo de incubação proporciona ao empreendimento incubado uma maior chance de crescimento e sustentabilidade no mercado, devido a diversos fatores, dentre os quais, o processo de maturação do empreendimento por meio das mais modernas ferramentas de gestão empresarial e a transferência de conhecimento produzido nas instituições de ensino superior para as empresas incubadas.
Outro aspecto que chama a atenção, é o potencial econômico de alguns municípios de Goiás, como revela o Ranking dos Municípios Goianos4. Os dados que serão levados em consideração nesta análise, são: dinamismo, riqueza econômica, infra-estrutura econômica, qualidade de vida, mão-de-obra, infra-estrutura tecnológica e localização estratégica/logística e política de incentivos financeiros e tributários. Vejamos a tabela a seguir.
Ranking | Municípios | Dinamismo | Riqueza Econômica | Infra-Estrutura Econômica | Qualidade de Vida | Mão-de-obra | Infra-Estrutura Tecnológica | Localização Estratégica/Logística | Política de Incentivos Financeiros e Tributários | Média Ponderada |
1° | Anápolis | 37,22 | 97,56 | 77,68 | 69,47 | 22,16 | 58,37 | 47,85 | 20,51 | 58,50 |
2° | Rio Verde | 37,70 | 70,24 | 87,18 | 71,95 | 21,43 | 56,94 | 32,78 | 22,75 | 54,84 |
3° | Catalão | 64,47 | 44,83 | 55,09 | 70,20 | 20,92 | 14,24 | 46,84 | 7,41 | 48,56 |
4° | Aparecida de Goiânia | 16,00 | 77,62 | 73,17 | 55,10 | 15,68 | 15,80 | 39,38 | 8,56 | 39,70 |
5° | Senador Canedo | 55,70 | 28,79 | 54,61 | 56,99 | 15,44 | ------- | 42,62 | 1,19 | 38,37 |
6° | Itumbiara | 29,74 | 38,86 | 63,80 | 71,54 | 21,04 | 16,89 | 30,75 | 7,07 | 38,38 |
7° | Luziânia | 30,13 | 38,60 | 63,42 | 52,60 | 14,86 | 13,21 | 43,58 | 7,65 | 36,77 |
8° | Jataí | 31,69 | 37,79 | 51,41 | 67,35 | 19,56 | 13,57 | 31,03 | 3,95 | 36,00 |
9° | Caldas Novas | 33,20 | 18,29 | 49,57 | 72,64 | 15,59 | 7,52 | 30,71 | 1,18 | 32,74 |
10° | Mineiros | 19,40 | 16,14 | 42,88 | 70,61 | 16,55 | 4,07 | 16,55 | 3,53 | 26,14 |
11° | Trindade | 16,26 | 16,70 | 37,21 | 63,64 | 13,54 | 4,11 | 37,18 | 0,89 | 25,72 |
12° | Ipameri | 19,58 | 8,03 | 32,17 | 60,37 | 12,76 | 2,82 | 35,03 | 4,80 | 24,39 |
13° | Niquelândia | 22,44 | 16,22 | 28,46 | 61,77 | 14,51 | 5,94 | 18,32 | 3,39 | 24,19 |
14° | Morrinhos | 7,16 | 12,29 | 42,31 | 64,28 | 17,51 | 7,86 | 30,63 | 3,05 | 24,03 |
15° | Quirinópolis | 5,49 | 11,97 | 29,79 | 65,69 | 16,61 | 8,49 | 41,41 | 5,13 | 23,76 |
Estes dados corroboram o potencial para implementar políticas de desenvolvimento de incubadoras de empreendimentos inovadores, em Goiás. Pois, os municípios acima listados, oportunizam as condições mínimas para a criação de incubadoras que na sua essência “desempenham um papel importante no desenvolvimento local e regional, como agentes promotores de transformações, pois facilitam o surgimento de micro e pequenos empreendimentos competitivos, tendo como essencialidade a difusão do conhecimento e a melhoria da qualidade de vida da região através da geração de postos de trabalho e renda”. 5 Claro, a estes municípios poderíamos incluir outros, ou até mesmo Goiânia onde aglomera-se o maior número de incubadoras (das cinco existentes, três funcionam em Goiânia).
No que tange ao caráter institucional, Goiás também reúne totais condições para uma política de implementação de incubadoras. Pode-se citar um conjunto de instituições que, aglutinadas, seriam importantíssimas para tal ojetivo. São elas:
-
Instituições de Ensino Superior Públicas: Universidade Estadual de Goiás, Universidade Federal de Goiás (esta já possui um programa de incubação de empresas – PROINE) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (esta possui uma incubadora de empresas – INOVE);
-
Secretaria de Ciência e Tecnologia de Goiás;
-
Secretaria de Planejamento do Estado de Goiás;
-
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás;
-
Banco do Povo;
-
Goiás Fomento;
-
Serviço de Nacional de Aprendizagem (SENAI);
-
Instituto Euvaldo Lodi (IEL);
-
Fundação de Desenvolvimento Tecnópolis;
-
Organização das Cooperativas Brasileiras – Seção Goiás;
-
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas;
-
Associações Comerciais e Industriais Locais;
-
Prefeituras.
Em termos de resultados, uma incubadora pode contribuir para os seguintes agentes:
Governo:
- Identificar as reais oportunidades de negócios competitivos e viabilizar sua criação e o desenvolvimento sustentável.
- Promover e apoiar o desenvolvimento de políticas regionais/locais de inovação, especialmente para as Micro e Pequenas Empresas e Cooperativas.
- Promover o desenvolvimento tecnológico do estado.
- Promover a diversificação da economia local/regional.
- Gerar emprego e renda.
- Fortalecer o espírito cooperativista.
Instituições de Ensino Superior:
- Identificação de pesquisa e desenvolvimento com viabilidade de comercialização e/ou sua transformação em novos produtos e serviços de alta tecnologia, e com isso, diversificar as fontes de receita.
- Contribuição para o desenvolvimento rápido de empresas nascentes.
- Melhor utilização de competência técnica e estrutura ociosa.
- Oportunidades para a formação complementar de alunos.
- Diminuir a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas.
Comunidade Local:
- Incremento no número de novos postos de trabalho e geração de renda.
- Impulso e revitalização da economia local.
- Implementação de novas redes de negócios.
- Fortalecimento do espírito cooperativista.
Empreendedores:
- Assistência para diminuir a distância entre conhecimento teórico e prático.
- Redução do custo e riscos do processo de inovação.
- Estabelecimento de redes/alianças estratégicas.
- Facilidades para o acesso rápido ao mercado.
- Criar cultura de gestão, inovação e planejamento.
- Incentivar práticas gerenciais para a competitividade.
Enfim, as condições estão dadas para que se possam ampliar, nos próximos anos essa rede de incubadoras que, sem sombra de dúvida, proporcionará ao estado de Goiás desenvolver uma ampla política de criação e fortalecimento de micro e pequenas empresas e outros empreendimentos inovadores.
Autor deste texto.
1 Panorama 2005. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas. Pág. 2.
2 Panorama 2004. . Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas. Pág. 23.
3 Dados referentes à pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional no ano de 2004.
4 Ranking dos Municípios Goianos 2005. Secretaria de Planejamento de Goiás.
Metodologia aplicada: foram selecionados os 15 municípios mais competitivos do estado. Esta seleção deu-se por meio dos seguintes critérios: foram contemplados os municípios com mais de 15.000 habitantes e a pontuação identificada nos gráficos, foi arbitrada pela SEPLAN/GO (mínimo de 10 e máximo de 100).
5 Anprotec. Planejamento e Implementação de Incubadoras de Empresas. Pág. 16.
sábado, 13 de outubro de 2007
Programa Pequenas Empresas Grandes Negócios
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